a dignidade nacional, e aparentemente tão prejudicial à boa fama de lisura do gabinete inglês.
Hamilton, a 12 de outubro, respondia: devia ter sido consequência de algum atraso nas comunicações de Londres para Georgetown.
Marques Lisboa, em Londres, sujeitou o caso ao exame direto de lord Aberdeen, que lhe respondeu terem tais padrões mero valor científico para a exploração do território; mas ressalvava \"il doit être bien entendu que le Gouvernement de Sa Majesté n\'abandonne aucun des droits que la Grande-Bretagne peut avoir sur tout territoire près de la jonction de la rivière Mahú et de la rivière Tacutú\".
Não podia satisfazer-se com tão singela e inexpressiva declaração o diplomata brasileiro. Retrucou, portanto, mostrando que Schomburgk tinha agido contra o que Aberdeen tão cordialmente prometera. O Foreign Office, então, não teve remédio senão aquiescer aos protestos, e em nota de 1° de novembro, do mesmo dia da reclamação de Marques Lisboa, declarou que Schomburgk ia receber ordens para retirar os marcos que indevidamente tinha posto.
Era, pois, a exauctoração dos excessos de cristão novo, do trop de zèle do alemão naturalizado inglês, criador da questão fronteiriça.
O governador Light, em ofício, de 30 de novembro de 1842, ao ministro das colônias, lord Stanley, declarava que se tinha explicado às autoridades brasileiras que tais sinais nenhuma tomada de posse podiam exprimir.
Hamilton, em 30 de janeiro de 1843, esclareceu a demora havida na transmissão da ordem de demolir os marcos. A primeira ordem de evacuação do território só tinha partido de Londres a 13 de junho; chegara a Georgetown a 15 de julho e fora recebida por Schomburgk, no Pirara, a 22 de agosto. A 24, comunicava o comissário régio a seu colega brasileiro, já nomeado, o coronel João Henrique de Mattos, que a região se consideraria provisoriamente território neutro, que as tropas já tinham ordem