reentrância na divisa. Ainda foi discutido, por ambas as partes, esse novo traçado, e o chefe do Foreign Office ficou de redigir um projeto de artigo com essa solução, mas sem dar lugar às objeções feitas. Diante da oposição do diplomata em missão, declarou o ministro que novamente consultaria o seu colega das colônias, para firmar de vez se se manteria a modificação da divisa sugerida, ou se se aceitaria a cláusula de proteção oferecida pelo Brasil.
Em nova conferência, a 18 de novembro, Araujo Ribeiro levou um projeto de artigo referente aos índios do Pirara. Aberdeen, tendo trocado ideias com lord Stanley, explicou que o Parlamento já se havia ocupado da questão, o que exigia a incorporação do povoado à Guiana, para salvaguardar a dignidade do governo.
Tratando-se desta, propôs o plenipotenciário a inclusão de um artigo novo que teria o mesmo resultado, e que consistia na promessa de S. M. Imperial de atender à solicitude de S. M. Britânica pelos macuxis do Pirara, protegendo-os e facilitando-lhes a mudança para o território guianense, caso preferissem obedecer à soberania britânica.
Queria ainda o membro do gabinete que D. Pedro II, a pedido da Inglaterra, se obrigasse a protegê-los caso preferissem ficar onde estavam. Ribeiro lembrou-lhe então que o Brasil era fraco e desconfiado; tal estipulação estrangeira para o território nacional seria mal interpretada. Mas a Inglaterra cede território, pode pois exigir condições, lembrou Aberdeen. O Império também pensa estar cedendo certa área a que se julga com direito, e lhe repugna aceitar, além desse sacrifício, uma condição nova, onerosa, que se presta a comentários desagradáveis.
Por que tanta desconfiança? Insistiu o estadista insular. Não era desconfiança, nem o caso concreto atual, que o governo imperial tinha em vista; era antes o futuro, o caso com a França, explicou o sul-americano; era difícil