imaginar as mortificações de um Estado fraco, ao debater interesses com uma nação poderosa.
Insistindo a Inglaterra, acrescentou ainda, a opinião pública brasileira veria nisso uma humilhação, e como estava persuadida de que, nos últimos tempos, o reino-unido multiplicava as ocasiões de divergências e de atritos, tal procedimento mais tensa ainda tornaria a situação. Aberdeen concordou: \"pour ce qui est des motifs de querelles, il y en a déjà beaucoup et même trop, pour que je cherche à en créer de nouveaux\". Iria mais uma vez falar a Stanley.
A 22 de novembro, Araujo Ribeiro conferenciou outra vez, indagando se Aberdeen lhe podia dar alguma resposta. O ministro afetou ter-se desinteressado e disse que lord Stanley igualmente não se interessava mais pelo caso. Se o quisesse o diplomata brasileiro, entretanto, ainda indagaria da opinião definitiva do ministro das Colônias. Araujo Ribeiro, aceitando o oferecimento, que bem via ser mero pretexto para romper a negociação, pediu apenas que a comunicação fosse feita por escrito.
A 23, o Foreign Office em nota verbal declarava que embora o governo inglês estivesse pronto a aceitar a fronteira proposta pelo Brasil, substituindo os rios Maú-Tacutu ao Rupununi, se via na obrigação de consultar as autoridades da Guiana.
Era o rompimento, ou, antes, a suspensão sine tempore do processo negociador.
A 25 de novembro de 1843, Araujo Ribeiro passava uma nota a Aberdeen reconhecendo a divergência vistas, e pedindo a costumeira audiência de despedida de S. M. a Rainha.
Não havia o governo imperial perdido tempo, desde a primeira investida inglesa de 1840, que o colhera absolutamente desprevenido.
Duarte da Ponte Ribeiro, o benemérito estudioso de nossas fronteiras, cujo nome é inseparável da história de nossa formação territorial, entregou em 1841 o resultado