A política exterior do Império v. III - Da Regência à queda de Rosas

de suas indagações sobre os limites do Império e da Guiana inglesa. Concluía, como mais conveniente, propondo para divisa, de sul para norte, a serra do Acaraí até o cruzamento com a serra chamada de Ussari, a nordeste, ou Yamina, a sudoeste; daí, pelos altos da serra de Cuanocuano até sua extremidade; daí, pelo divisor das águas nas terras onduladas que separam a bacia do Essequibo da do alto rio Branco, até o monte ou ponta de Annay; continuaria pelos vértices da serra de Pacaraima.

Para reavivar os antigos trabalhos cartográficos e astronômicos dos portugueses do fim do século XVIII, o governo nomeou, por decreto de 4 de maio de 1843, uma comissão técnica incumbida de examinar a região contestada. Dela fizeram parte o tenente-coronel Frederico Carneiro de Campos, como chefe, Pedro Taulois e o capitão Innocencio Velloso Pederneiras. Em 26 de julho de 1844, apresentou seu relatório e os mappas dos levantamentos do distrito do Pirara, bem como os dos rios Surumu, Maú, Tacutu, Pirara, Rupununi e de seus afluentes.

Começou pelo exame do arquivo antigo do forte de São Joaquim, determinando a zona em que se exercera a jurisdição portuguesa ou brasileira. Verificou estender-se da serra Pacaraima até a ponta do Annay e daí, para este, ao Rupununi até suas cabeceiras.

O linde só podia ser, concluíam os técnicos, a serra Pacaraima, até o monte Annay, por 3°55'6" de latitude norte, e 59° de longitude oeste do meridiano de Greenwich; daí, ao Rupununi, águas acima até 2º8' de latitude norte e 58º10' de longitude oeste, depois de ter deixado a 2°49' de latitude norte e 59°7' de longitude oeste um afluente que desce dos montes Caruamys.

Sobre o conjunto desses trabalhos, determinou ainda o governo imperial, a 20 de agosto de 1844, falassem o marechal Francisco Cordeiro da Silva Torres e o brigadeiro Pedro de Alcantara Bellegarde. É de 29 do mesmo