A política exterior do Império v. III - Da Regência à queda de Rosas

mês seu parecer ao ministro de Estrangeiros Ernesto Ferreira França.

Aprovavam o serviço, e tiravam as seguintes conclusões mais importantes. O lago Amacu pertencia ao sistema hidrográfico amazonense; não tinha comunicação por água com o Rupununi, de sorte que de modo nenhum poderia considerar-se ligado à bacia do Orinoco ou de qualquer outro rio da vertente direta do Atlântico. Os marcos lindeiros plantados pelos ingleses invadiam portanto larga área do território nacional na bacia do Amazonas.

Aconselhavam, pois, para fronteira o divisor das águas; da serra Pacaraima ao Annay; a linha de maior altura entre o lago Amacu e o Rupununi, depois entre os rios Ancicuru e Napi; os montes Cuanocuano até a serra do Siriri; a linha de vertentes entre os rios Caurida e Tacutu, e, finalmente, por sul-sudoeste, até os montes Caurida. Lembravam a necessidade de existir permanentemente à margem do lago Amacu um posto militar.

Hamilton, em 1845, propusera um projeto de tratado sobre questões relativas ao tráfico, como estudaremos com mais detalhe em tempo oportuno. Nomearam-se plenipotenciários brasileiros José Antonio da Silva Maia, Francisco de Paula Sousa e Mello, e Ernesto Ferreira França. Na conferência de 13 de março, os diplomatas do Império propuseram introduzir no convênio dous artigos, um referente às presas ilegais de navios, pelos cruzeiros britânicos, e outro pertinente aos limites guianenses.

De fato, em Londres, estava suspensa, não rota, a negociação.

Em virtude da proposta brasileira, fora adiada a discussão, e, a 19 de junho, o ministro de Estrangeiros, Antonio Paulino Limpo de Abreu, expediu novas instruções aos plenipotenciários.

Por estas, Sua Majestade o Imperador decidia: de acordo com os representantes,