A política exterior do Império v. III - Da Regência à queda de Rosas

Nesse intuito o governo tem dado já algumas providências, cujo resultado participará em tempo oportuno aos presidentes das províncias, para se aproveitarem dos recursos que então lhes forem proporcionados". Aludia o regente, entre outras cousas, às missões numerosas dadas ao marquês de Barbacena para cuidar de tais assuntos na Europa, e às quais voltaremos.

Na cláusula seguinte, continuava: "Tem estreita relação com este objeto a colonização estrangeira. Escassíssima nossa população comparada à extensão do território; reduzida ainda mais com a cessação de um tráfico que a política reprova, e a humanidade detesta; indispensável é auxiliar-nos de outros braços que venham ajudar-nos a extrair as riquezas com que o terreno do Brasil por toda a parte recompensa com profusão os trabalhos do agricultor. O governo também tem dado providências a este respeito, que brevemente poderão ser comunicadas aos presidentes; entretanto as Assembleias Provinciais devem proporcionar-lhes os meios indispensáveis para o transporte, manutenção e mais vantagens dos ditos colonos, bem como para que eles possam desde logo dedicar-se com fruto a quaisquer trabalhos rurais ou de indústria. A publicação de boas leis sobre esse assunto muito concorrerá para atrair a nós a emigração de outros países".

Era, de fato, para a colonização que se voltavam as vistas a fim de suplantar a importação de africanos. Era justa, no fundo, a ideia, mas teria de vencer largos empecilhos, a começar pela forma adotada por solução: a colônia estrangeira. Esta medraria, ou não, mas seria sempre elemento ao lado da fazenda de escravos, e não um substituto.

Sucedâneos somente se encontrariam quando, na própria fazenda comum, o colono trabalhasse, sob modalidade ainda por achar, apresentando o esforço livre e assalariado ao lado da mão de obra servil. Disso só mais