463 armas de infantaria e 16 bocas de fogo. A Câmara Municipal da Laguna foi intimada por Canabarro a proclamar a independência da nova República sob o regímen democrático, elegendo-se para os cargos públicos do governo catarinense uns quantos desconhecidos e ficando as seis pastas a cargo de dous indivíduos apenas.
Poucos dias durou a aventura: de 25 de julho até 15 de novembro, em que as forças navais e terrestres do Império conseguiram a reconquista da cidade. Os barcos aprisionados pelos rebeldes foram retomados pelas tropas legais e incendiados pelos farrapos; assim desapareceu a eventual esquadrilha que se destinava, sob a chefia de José Garibaldi, a formar um núcleo de corsários com carta de corso expedida pelo chamado governicho, já então de Caçapava. A falta do elemento flutuante era uma terrível diminuição para a eficiência dos revoltosos. As forças imperiais eram comandadas pelo general Soares de Andréa que a regência nomeara presidente de Santa Catarina, e vinha acompanhado do capitão de fragata Frederico Mariath, que assumiu o comando da força naval da Laguna. A vitória sobre os 1.200 homens de David Canabarro e o pessoal que tripulava os barcos aprisionados no porto catarinense custou 180 baixas, mas aniquilou as possibilidades navais da república rio-grandense. Dos elementos rebeldes, 200 foram mortos, entre eles todos os que haviam assumido o comando dos barcos. A par da expedição sob a chefia de Andréa, 2.000 homens sob a chefia do tenente-coronel José Fernandes vinham por terra, e entraram na Laguna ao mesmo tempo que Andréa investia contra o porto e a Vila. Nunca mais se falou e deu a menor preocupação a intitulada república catarinense.
No Rio Grande, entretanto, ia mudando o aspecto dos acontecimentos. Não podia mais o governo imperial conservar-se inerte ante o descaso de Antonio Elisiario. Mudou então de pessoal e de sistema. A 24 de julho de 1839 tomaram posse do governo da província o Dr. Saturnino de Sousa Oliveira Coutinho, e do comando das armas