A política exterior do Império v. III - Da Regência à queda de Rosas

o marechal Manoel Jorge Rodrigues, o futuro barão de Taquary.

Essa dualidade de atividades já havia provado mal na província, mas o governo central não aproveitava a lição dos fatos. Enquanto o Dr. Saturnino advogava uma ação combativa e enérgica, Manoel Jorge deixava-se ficar em Porto Alegre. Afinal em março de 1840 encaminhou para Caçapava tropas de seu comando, chefiadas pelo brigadeiro Bonifácio Calderon. Ao aproximar-se ele de Caçapava o governo rebelde abandonou a localidade, fugindo para Alegrete, rumo das Missões.

Já aí, as cousas mudaram de face, não quanto a Manoel Jorge, mas quanto ao Rio de Janeiro. Quanto à campanha, o seu subordinado Calderon abandonou Caçapava, e seguiu para o Cahy, onde Manoel Jorge já se achava, dando lugar a que os rebeldes retrocedessem à sua capital. O principal núcleo farrapo estava em torno de Viamão, a nova vila Setembrina; resolveu Bento Gonçalves atravessar o Cahy, para impedir a junção das forças do comandante das armas.

Durante cerca de 1 hora, em meados de abril de 1840, combateram as tropas irregulares de Bento Manoel, com as imperiais coadjuvadas pelo comandante Pascoe Grenfell e sua esquadrilha. Eram cerca de 6.000 rebeldes contra 4.626 legalistas. Não houve triunfo decisivo para nenhum dos partidos da peleja, apesar do sacrifício de 88 mortos dos dous lados, e 235 feridos; foi esse entrevero a que se apelidou de combate do Taquary.

Manoel Jorge, então, com artilharia e infantaria, seguiu para São Gabriel, obtendo ligeiras vantagens sobre seus adversários em Passo do Salso.

Aí começou sua famosa carreira de guerrilheiro o famoso Francisco Pedro, que na costa do Salgado só à força e à ligeireza do cavalo do general Antonio Netto, deixou de o prender.

Do ponto de vista militar, era fraca a posição dos republicanos; o assédio de Porto Alegre nada produzia de