eficaz; Laguna, tendo começado com um triunfo sem luta, acabava em derrota; o combate de Taquary, apesar da superioridade de forças rio-grandenses, era na melhor hipótese uma luta indecisa. Nos chefes rebeldes se sentia a necessidade de recobrar ânimo e estimular energias periclitantes.
Resolveu-se então acometer um ponto do litoral, que desse à República uma base naval, o mesmo plano em suma, que aconselhara a expedição da Laguna. Os principais chefes rebeldes, com Bento Gonçalves e Garibaldi à frente, aproximaram-se de São José do Norte, a 50 léguas do acampamento junto a Vila Setembrina, e, à 1 hora da madrugada, atacaram a cidade por uma noite tempestuosa, de 15 para 16 de julho de 1840. Não foram, a princípio, pressentidos pelas sentinelas. Da cidade fronteira, do outro lado do canal da Lagoa dos Patos, veio alguma gente, pouca, auxiliar os atacados, conseguindo estes expulsar os agressores, após 9 horas de combate. Foi o bastante para animar a guarnição atacada de surpresa, e dar-lhe vitória.
Malograda a tentativa, Bento Gonçalves regressou a Viamão, a fim de prosseguir no intérmino e sem alcance assédio de Porto Alegre.
O governo central, sempre hesitante, quer quanto aos métodos a seguir, quer quanto às personalidades a enviar em missão, julgou solver a situação de desacordo entre o Dr. Saturnino e o marechal Manoel Jorge, escolhendo, para dirigir as operações como presidente da província e comandante das forças o marechal Soares de Andréa, que acabava de pacificar as províncias do Pará e de Santa Catarina. A 27 de julho de 1840 tomava posse de ambos os cargos.
Ora, Soares de Andréa tinha contra si, nesses tempos de partidarismo agudo, o grave defeito de não comungar do credo liberal dominante no governo. Ora, a 24 de julho de 1840, fora proclamada a maioridade do Sr. D. Pedro II, trazendo o predomínio desse agrupamento político.