A política exterior do Império v. III - Da Regência à queda de Rosas

com o general João Paulo; foi até Porto Alegre, onde chegou a 6 de janeiro de 1841.

Ao mesmo tempo, Bento Gonçalves, prosseguindo em sua marcha, entra em Passo Fundo nos primeiros dias de janeiro do mesmo ano, encontra a cidade abandonada, o que malograva o plano de cercar os revoltosos. Considerado responsável pelo fracasso, Labatut teve de defender-se perante um conselho de guerra, sendo finalmente absolvido.

Nesse meio tempo, as forças legais haviam sofrido dous pequenos revezes parciais em novembro e dezembro de 1840, junto ao rio Pelotas e nas Missões. Bento Gonçalves, de Passo Fundo, dirige-se a São Gabriel onde, a 14 de março de 1841, reassumiu a presidência da república, ficando assim o vice-presidente José Mariano de Mattos aliviado desse encargo que lhe caíra sobre os ombros desde 23 de novembro de 1839.

Porto Alegre, desde a saída de Bento Gonçalves, em busca da Serra, ficou livre do assédio, que os farrapos mantinham. Isso deu ensanchas a que o general João Paulo reunisse no Rio Pardo, a 1° de março de 1841, as 5.200 praças que o governo contava na província, às quais se juntaram as 1.200 que Silva Tavares comandava. Feita a junção, marchou a coluna até a fronteira do Uruguai, sem encontrar inimigos, que se haviam debandado diante dele. Assim, com 6 a 7.000 homens acampou junto ao arroio São Vicente, onde passou a chefia ao general Antonio Corrêa Soares, em agosto de 1841, conforme a ordem do conde de Rio Pardo, nomeado por decreto imperial, e empossado em Porto Alegre a 17 de abril de 1841. João Paulo havia perdido toda a estação seca, sem combater. Mas a posição deles podia e devia inspirar cuidados. Em uma região onde a mobilidade era tudo, computava João Paulo suas forças em 12.000 cavalos com 32 esquadrões. Ao contrário Labatut, desprovido de cavalhada, achava-se quase impossibilitado de mover-se. Sem poder combater, João Paulo dos Santos Barreto havia entretanto dispersado