período o depoimento do ministro do Império definindo e descrevendo o que era a nova Assembleia, convocada para 3 de maio de 1842.
Teve de ser dissolvida, ainda em sessões preparatórias. Dela diziam os ministros Candido José de Araujo Viana, que na política subsequente do império sempre timbrara em se manter afastado dos corrilhos partidários, e foi, a bem dizer, um dos conselheiros sempre ouvidos e acatados de D. Pedro II, o marquês de Paranaguá, Paulino José Soares de Sousa (o futuro visconde do Uruguai), o visconde de Abrantes, Aureliano de Sousa e Oliveira Coutinho e José Clemente Pereira, em seu relatório ao Imperador, lido na 7ª sessão preparatória da Assembleia Geral, justificando a dissolução: "A atual Câmara dos Deputados, Senhor, não tem a força moral indispensável para acreditar seus atos e fortalecer entre nós o sistema representativo". E continua citando os motivos dessa desmoralização, que, em suma, vinham a ser a fraude provocada nas urnas pelo governo liberal substituído. Nas discussões parlamentares, na imprensa, nos panfletos partidários e outros, a lista das irregularidades, das violações das leis e da Constituição, era longuíssima. A 1° de novembro de 1841, reuniu-se a nova Câmara, e nela se elaboraram novas leis, que o elemento liberal invocava para fundar seu apelo à insurreição, assim a que tornava a criar um conselho de Estado (reduto de ferrenhos adversários conservadores, diziam os liberais revoltosos); a reforma do código de processo criminal em que a paixão partidária enxergava larga diminuição das liberdades públicas garantidas pela Constituição. Como chefes da revolta, apontavam-se Feijó, Vergueiro, e Raphael Tobias de Aguiar.
Os passados serviços de Caxias, disciplinado e competente, seus sucessos no Maranhão, o indicavam para restabelecer a ordem, ligeiramente perturbada em São Paulo. Trouxe preso o seu antigo chefe Feijó. Seguiu então para Minas Gerais. Aí o choque foi mais sério e os combates das Calçadas e de Santa Luzia, de que temos minuciosas