A política exterior do Império v. III - Da Regência à queda de Rosas

de soldados indisciplinados, o que obrigou o governo a dissolver os corpos da região.

No Rio, a 7 de junho, comparecia Bento da Silva Lisboa, ministro de estrangeiros, à sessão da Câmara, para ler uma mensagem sobre comunicações vindas dos agentes brasileiros no exterior, versando sobre a restauração, que acusavam ao duque de Bragança de querer fomentar, por mais estranho que isto parecesse.

Senado e Câmara apressaram-se em nomear comissões especiais para o estudo do caso. A casa vitalícia não demorou sua resposta, dizendo que lhe não parecia verossímil semelhante notícia, empenhado como estava o príncipe na campanha legalista de Portugal, nem era acreditável auxiliassem as potências tão louco propósito, caso existisse. No ramo temporário, quatro membros da comissão deram parecer análogo ao do Senado; mas um, Costa Ferreira, divergiu, achando plausível o intuito divulgado pelo ministro.

Discutido o parecer, verificou-se ter o voto em separado traduzido a opinião da maioria. O padre Henrique de Rezende, a 28 de junho de 1833, apresentou uma emenda banindo D. Pedro. Em graus vários, aderiram à ideia vultos do maior quilate, Vasconcellos entre outros. Resultou do debate responder-se, por 50 votos contra 32, de acordo com o alvitre de Costa Ferreira, assegurando ao governo a coadjuvação parlamentar em tudo quanto fosse constitucional, para ser evitado "o opróbrio de uma restauração". Carneiro Leão fizera aprovar uma emenda aditiva, pela qual ficava claro que a Câmara iria até o banimento, se preciso fosse.

Não cessaram, ainda assim, as manobras da Sociedade Militar. Amiudavam-se visitas ao paço da Cidade, onde residiam tutor e família imperial. Em 21 de setembro, se soube que os juízes de paz lá se tinham reunido, falando um deles, por todos, lhes haver constado ia ser tentado o rapto do Imperador-menino. O chefe de polícia, por ordem do ministro da Justiça, Aureliano de Souza