a mais de 100, tomando-lhes toda a bagagem e 700 cavalos. Os legalistas, tal fora a surpresa, só tiveram um morto.
Quis João Antonio evadir-se, logrando congregar 250 homens, quando Caxias enviou a cercá-lo na picada de São Martinho uma escolta de 140 soldados. Pôde, entretanto, realizar sua fuga, perdendo 15 mortos e 40 feridos. Da força legal pereceram o comandante Agostinho Gomes, um tenente e 3 praças. Os fugitivos, porém, passaram por São Borja, e refugiaram-se em Corrientes onde foram desarmados pelo governador Joaquim Madariaga, a fortes instâncias do general brasileiro.
A maior força da república rio-grandense, sob o mando de Canabarro, percorria a zona de Alegrete, sempre perseguida pela coluna de Bento Manoel, e pelo próprio Caxias.
Desta sorte em fins de 1843, já era previsível o fim da revolução. Refere Araripe os termos em que o barão dava ao governo Imperial conta de sua missão. "Por 38 léguas persegui o inimigo sem nunca o perder de vista, apesar de ser a força principal desta minha divisão de arma de infantaria, e trazer ela 3 peças de artilharia e crescido número de carretas com munição de guerra e de boca, enquanto toda a força dos rebeldes pertence à arma de cavalaria. É inexplicável o temor pânico de que se possuiu David Canabarro e seus comparsas no crime; diversas vezes a nossa vanguarda carregou sobre a retaguarda dos rebeldes, e nem uma vez aceitaram o combate; nunca animaram-se a desencilhar os cavalos; do que resultou deixarem cansados cerca de 3.000, e aparecer a deserção em suas fileiras, podendo elevar-se a 150 o número de homens, que perderam em semelhante retirada ou antes fuga".
Estava provado que a tática do barão produzia ótimos frutos. Já não havia pontos de importância, vilas ou cidades em que se mantivessem forças republicanas.
A par desses sucessos militares, havia a rivalidade entre chefes estabelecido seu campo entre os farrapos.
Estes sentiam que precisavam organizar-se politicamente,