27 de fevereiro, se batia em duelo com o general, que o feria mortalmente. Preso Bento Gonçalves, foi a prisão logo relaxada por entender o governo que tal desfecho fora a consequência de um dever de honra.
Como se vê, era a violência que tinha predomínio absoluto na república do Piratiny.
Quando, em 1844, puderam retomar seu curso as operações de guerra, eram más as condições dos rebeldes. Caxias dispunha em toda a província de 15.000 cavalos invernados, e pouco mais de 11.000 homens de tropa. Estavam ocupadas e guarnecidas as cidades de Porto Alegre, Rio Grande, São José do Norte, Pelotas, Caçapava, São Gabriel, Rio Pardo, Cruz Alta, Alegrete e São Borja. Colunas perseguidoras eram três: a do próprio Caxias com 2.000 homens; a de Bento Manoel, com 3.200 praças; e a de Francisco Pedro, com 1.000 apenas. Os rebeldes podiam contar com 20.000 cavalos, tidos por compra ou por tomadias a seus inimigos.
Como, por mais de uma vez temos notado, os movimentos revolucionários de qualquer lado da fronteira têm repercussão no outro. Desde fins de 1842 Caxias aconselhava ao governo geral escolher ou o grupo dos oribitas ou o de Rivera, no Uruguai, e o de D. João Manoel de Rozas na Argentina, sendo que o general preferia aqueles que estavam governando de fato o país e cuja organização administrativa, por fraca que fosse, poderia garantir a execução do pactuado. O governo do Rio, então, ouvindo o conselho, deu ao enviado Sinimbu a missão de se entender com os chefes mencionados supra. Os resultados logo fizeram-se sentir, tanto no Brasil como no Uruguai. Pôde o general brasileiro comprar cavalhadas na antiga Cisplatina, e em Corrientes, garantindo destarte a mobilidade de sua tropa, com o cercear o amparo e a ajuda que os riveristas prodigalizavam aos rio-grandenses rebeldes. No entanto só em 1844 pôde a ação de Sinimbu fazer se sentir com poder efetivo e real, em consórcio com a de Caxias.