A política exterior do Império v. III - Da Regência à queda de Rosas

era o caso de Bernardino Pinto que, por ordem de Bento Manoel, a 26 de outubro foi atacado pelo major Fernandes Lima; essa intervenção trouxe à causa imperial 1.800 cavalos, além de ter causado a morte de 30 rebeldes e o aprisionamento de 9.

Francisco Pedro continuava em sua faina perseguidora, sem grandes lances, quando, em princípios de novembro, soube que David Canabarro estava acampado junto ao serro de Porongos; com uma pequena força, resolveu-se ele a atacá-lo, matou-lhe 7 soldados; não lhe ligou importância o general rebelde e deixou-se ficar descuidado com 1.200 homens; ora, era Canabarro reputado pelo cuidado com que mantinha a vigilância de sua tropa, principalmente quando havia probabilidade de um choque. Pois bem, Francisco Pedro surpreende-o na madrugada de 14 de novembro, captura-lhe toda a infantaria (280 homens), toda a bagagem, abarracamento, grande quantidade de armas, todo o arquivo, cinco estandartes, mais de 1.000 cavalos, 34 oficiais, armamento, a última peça de artilharia que possuíam, cartuchame, causando-lhes mais de 100 mortos. Foi admirável tal surpresa, que Caxias altamente louvou.

No mesmo dia o tenente coronel João Propicio Menna Barreto, com 600 homens, destroçava ao cabecilha Jacintho Guedes, que comandava força igual, junto ao Arroio Grande, e próximo a Porongos, o coronel Joaquim Teixeira Nuñes, que morre em combate.

Poucos dias depois, a 29 de dezembro de 1844, ia travar-se, já em território uruguaio, à margem do Quaró, o último entrevero da chamada guerra dos farrapos. Vasco Alves, com 100 homens, ia surpreender o coronel rebelde Bernardino Pinto a quem feriu gravemente e aprisionava com 4 oficiais e 13 praças, matando-lhe 7 homens e dispersando o resto, de sua força de 40 soldados. Foi o último sangue derramado nessa luta fratricida.

1845 foi o ano da pacificação e da reconciliação. Após Porongos, não era mais possível reunir e organizar