ao venerando Andrada. Dez juízes de paz, em comissão, foram, no domingo, 15, intimar ao ancião, em São Cristóvão. Respondeu-lhes este que lhes não reconhecia autoridade nem título para tanto. A regência, então, nomeou outra comissão, composta dos brigadeiros Cunha Mattos e Lima e Silva e de novo tutor, o marquês de Itanhaém. A estes emissários atendeu o velho santista, seguindo logo para Paquetá, onde passou a residir.
A família imperial voltou, então, a morar no paço da cidade. Começou a ação, policial e judiciária, da qual, a par da soltura de vários indivíduos encontrados na quinta da Boa Vista, resultaram as pronúncias de outros, entre eles a do ex-tutor, sujeito a prisão e livramento.
Não arrefecia, com tais acontecimentos, a sensação de mal-estar. Apesar da anistia votada para os fautores dos distúrbios de outubro de 1831 no Rio, a tensão do ambiente político continuava grande.
Costa Carvalho, por carta de 15 de julho de 1833, anunciava a seus colegas de regência que se ausentava para São Paulo, em busca de melhoras para sua saúde, seriamente comprometida pelo clima do Rio. Nunca mais voltou a ocupar seu cargo.
1834 trazia certo abrandamento na desconfiança. Nem só os sucessos do fim do ano anterior, como as francas declarações do embaixador de D. Maria II, às quais já nos referimos, haviam de exercer ação sedativa nas imaginações por demais encandecidas.
A grande convulsão foi o Ato Adicional feito à revelia do Senado, e, como este se considerasse geralmente um baluarte absolutista, vinha a solução enfraquecer as tendências voltadas para o passado. Ainda houve, na Câmara, outra manifestação de força em prol da autonomia do país, nunca ameaçada por D. Pedro, mas que se queria fazer passar por tal: o voto do projeto de banimento, que morreu na outra casa do Parlamento.