A política exterior do Império v. III - Da Regência à queda de Rosas

Durou a operação até o dia 22. Echagüe, entretanto, não precipitou seus movimentos, atacando seu adversário como o houvera podido fazer. Seguia-o lentamente, a distância; tal procedimento foi, involuntariamente sem dúvida, grande auxílio a Lavalle, o que, mais tarde, levou o general Paz a dizer que Echagüe bem merecia um monumento de ouro, pela colaboração assim prestada a seu adversário.

Paz, que desde 1837 vivia uma existência complicada, aproximada a Rozas, se bem que hostil aos generais unitários, acabou separando-se deles, de Lavalle, notadamente. Tendo de ir a Corrientes, chegou à fala com Ferré, do que resultou declarar-se Lavalle desertor do exército corrientino, ficando Paz na chefia suprema deste, a 10 de agosto; e desde logo iniciou suas disposições para se opor a Echagüe, assim que refizesse suas cavalhadas, na invasão que ele iniciaria da província.

Antes de embarcar seu exército em Coronda, Lavalle destacara um barco com 150 homens, que deveria desembarcar pelo arroio de Cabrera e arrebanhar todos os cavalos da costa de Buenos Aires. A 2 de agosto de 1840, esta operação fora levada a bom cabo, produzindo desde logo mais de 2.000 animais. Pensou Lavalle desembarcar por este porto o seu exército, a menos de 24 horas de Buenos Aires, porém faltaram-lhe transportes que chegassem até lá. Por essa questão de calado dos navios franceses, só a 5 de agosto pôde desembarcar, em frente às forças chefiadas pelo general Pacheco.

Ao serem avistados os barcos franceses para cá de São Nicolás após haverem forçado a bateria de Rozario, Pacheco havia avisado a Rozas. Nessa mesma noite, Lavalle à frente de uma coluna de 1.000 homens dirigiu-se para o arroio de Tala, onde chegou ao amanhecer o dia 6. À tarde avistaram os 1.500 homens de Pacheco, que lhes levou um ataque à lança pela esquerda, e confundiu suas cavalhadas, tencionando desorganizar as linhas unitárias. Laval1e, entretanto, havia carregado à direita, de modo a que a