ainda mais adiantadas do que a Constituição reformada a 12 de agosto de 1834.
Batalhador da fileira mais exposta, até o voto do Ato Adicional, foi o grande mérito de Vasconcellos compreender que algo havia de mudado no tablado político, que se abrira nova era, e que o perigo, agora, já não provinha dos excessos do arbítrio do poder, sim do excesso no afrouxar os laços de união. Perigo à esquerda, não mais à direita.
Desde setembro de 1834, começou a orientação conservadora de seu espírito, a bem da própria causa liberal, e da integridade do país. Teve a necessária coragem de se separar de seus amigos, liberais extremados aos quais ele próprio guiara. Não para adotar ponto de vista retrógrado, de volta aos erros absolutistas; sim para pregar um rumo intermédio, igualmente afastado da reação autoritária, e de um federalismo dissolvente por suas demasias.
No organismo político em formação, que era o Brasil de 1835, com uma regência fraca, como todo governo interino, e as tendências desintegradoras derivadas das lutas anteriores, só se manteriam unidade e monarquia, mercê do triunfo desse genial lance de estadista.
Anos depois, em 1840, quente ainda da refrega parlamentar em que o homem de partido quis vencer a revolução legislativa de 22 de julho, como poderia tê-lo feito se não fora a aquiescência imperial à maioridade, Vasconcellos denominaria de "as mais honrosas de toda a minha vida pública" as nove horas de seu ministério daquele dia.
Erro manifesto.
Somente falou então o lutador em um episódio secundário, pois a maioridade, mais dia, menos dia, se teria de realizar. É juízo que se ressente ainda da impressão e das emoções do momento.
Grande, da altura dos homens de Estado de excepcional valia, revelou-se ele, quando se animou a romper com o partido que dirigia, mas cujo ideal já não correspondia