A política exterior do Império v. III - Da Regência à queda de Rosas

Com êxito minguado, tentaram-se meios de brandura: a 1° de janeiro de 1839, publicava-se um indulto imperial, que pouquíssima gente arredou das fileiras adversas.

Claro, com tais fatos recrudescera o ânimo dos revolucionários. Voltaram a assediar Porto Alegre, cujo sítio por algumas semanas tinham suspenso, em consequência do passeio militar feito por Elisiario de 31 de janeiro a meados de fevereiro, rumo de Viamão, onde Bento Gonçalves tinha seu quartel-general.

No intuito de evitar um golpe de mão sobre Piratinim, muito exposto por sua posição geográfica, mudaram os republicanos para Caçapava a sede de seu governo.

Outra revolta ia romper no norte, a balaiada, que durou de 1839 a 1840. Tirou seu nome de Ferreira Balaio, seu principal chefe; assolou Maranhão e Piauí. Pertencia ao tipo dos distúrbios dos cabanos: bandos de sicários, roubando gados e fazendas, vilas e povoações, tirando presos das cadeias, saqueando propriedades, sem piedade nem escrúpulos, violando, depredando e assassinando.

Nunca haviam estado tão ameaçadoras as perspectivas de anarquia em todo o Brasil, como nesse terrível ano de 1838. Apenas num ponto melhorara a situação nas relações entre governo e câmaras. Araujo Lima, eleito quase sem competidor, a 6 de outubro era reconhecido como regente, e a 7 tomava posse do cargo. Reunira 4.308 votos, contra 1.981 dados a Holanda Cavalcanti, 597 a Antonio Carlos, 581 a Costa Carvalho, e outros com menos de 500 sufrágios. Empossado, sempre disporia do apoio parlamentar, se bem que, no fim da sessão, a má feição tomada pelos negócios do Rio Grande tivesse motivado dissensões fundas no governo e no seio da Assembleia.

A incapacidade de Antonio Elisiario era a principal causa do mal-estar. Divergiam os ministros, entretanto, achando uns que devia ser substituído, e outros que ele era indispensável. A nomeação de Lopes Gama para a vaga senatorial deixada pela morte de Lucio de Gouvia, determinou