A política exterior do Império v. III - Da Regência à queda de Rosas

a queda do gabinete, a 13 de abril, e a organização do ministério de 16 de abril de 1839.

Continuou Elisiario a comprometer a causa legal no sul. Fazia marchas inúteis, como a que empreendeu contra Cachoeira. Bento Manoel aproveitou esse afastamento do general, para forçar o Passo do Contrato, no rio Cahy, e apoderar-se de duas canhoneiras e de um lanchão. Receoso, voltou o presidente a Porto Alegre, sofrendo ainda, em sua retirada, a perseguição da força rebelde de David Canabarro.

Sebastião do Rego Barros, ministro da Guerra, indo ao Rio Grande para intensificar a luta e harmonizar o comandante das armas com seus subordinados (Grenfell tinha pedido demissão, e fora substituído por Frederico Mariath; Silva Tavares criticava publicamente seu chefe), pouco se demorou; a bem-dizer, nada pudera fazer, forçado a voltar às pressas para o Rio, em fins de abril, por causa da crise do gabinete. Com ele, fora e conseguira observar muita cousa, o major Lima e Silva, futuro barão, conde, marquês e duque de Caxias. Nesse regresso à capital foi o ministro acompanhado pelo presidente Elisiario, e o governo passou às mãos do vice-presidente Cabral de Mello.

Deliberaram, então, os revolucionários ocupar um porto de mar. Bento Manoel organizou e Canabarro comandou a expedição que iria conquistar a Laguna, feito que se realizou a 22 de julho de 1839. Proclamada a República catarinense, foi eleito seu chefe Vicente Ferreira dos Santos Cardoso, que logo nomeou seus ministros: eram dous, para seis pastas. Efêmero governo, como efêmera tal república.

A 15 de novembro, as forças navais de Mariath, nas quais vinha o novo presidente nomeado para Santa Catarina, o general Soares de Andréa, e as tropas de terra, cerca de 2.000 homens comandados pelo tenente-coronel José Fernandes, retomaram a Laguna e todo o material perdido. Voltaram assim os republicanos a operar somente em território rio-grandense.