A política exterior do Império v. III - Da Regência à queda de Rosas

Reincidiu, então, a regência no erro da divisão do poder no teatro da revolução, a administração civil entregue a um legista, e o comando militar a um oficial superior. Com a agravante de que este ia ser dado a um velho cansado; que, desde 1835, tinha solicitado sua reforma, o marechal Manoel Jorge Rocirigues. Para a presidência foi o Dr. Saturnino de Sousa Oliveira, que se empossou a 24 de julho de 1839.

Como se não bastassem os desacertos anteriores, e para agravá-los, não possuía o marechal energia e resistência capazes de enfrentar as dificuldades do momento.

Desde logo surgiram atritos entre os dous, o presidente a exigir que o marechal agisse, e este a contemporizar, esperando recursos materiais e reforços de tropas. E assim se escoou o tempo até março de 1840.

Ao norte, o Pará estava em paz. A anistia de 4 de novembro de 1839 facilitaria a tarefa, excetuando os cabeças, e os reus pronunciados como assassinos, chefes e comandantes de distritos, pontos e de expedições, e os funcionários públicos que haviam servido à revolução.

No Maranhão, as correrias de Raymundo Gomes e de Ferreira Balaio tinham tomado largo incremento. O primeiro conquistara Caxias, Pastos Bons, e só foi desalojado de ambos os lugares, quando, convencido o governo da gravidade do caso, mandou forças de linha repelir os amotinados. Venceram estas, com perdas sensíveis, mas venceram.

Um dos bandos, chefiado por Balaio e Ruivo, manobrando de acordo com Gomes, deste se destacou para atacar e pela segunda vez invadir e saquear Caxias, que as forças legais haviam abandonado após a primeira restauração da ordem na região. Evidente, a incapacidade das autoridades militares, logo que chegou à Corte a notícia da segunda tomada daquela cidade, resolveu-se o gabinete a fazer o esforço preciso para extirpar a balaiada.

Foi nomeado o coronel Luiz Alves de Lima e Silva presidente e comandante das armas da província. A 20