de pé, e os brasileiros se reunirão em torno do jovem monarca para defendê-lo contra as hostes rebeldes, e com ele conservar inteiro o edifício social".
Dedicação cavalheiresca, afeição comovida de todo o Império pela criança coroada, entregue à guarda de homens cujas ambições geravam a tempestade em torno do trono. Sensação profunda de que do apaziguamento de tais paixões, portanto do influxo pessoal do soberano colocado acima delas, viria a bonança. Para esse menino de treze anos, convergiam, pois, a um tempo, o amor e as esperanças da nação toda.
O meio de realizar tantos anseios, isto é, o que mais tarde foi a maioridade, era obra e cogitação dos políticos, minoria diretora como sempre. Feliz o êxito, seria abençoado, como foi. Do ponto de vista histórico, interessa notar que a exigência vital do país pedia uma autoridade forte, prestigiada e eficiente para restaurar a integridade ameaçada do patrimônio nacional. E tal aspiração, vinda do imo da consciência e das necessidades do Império, era partilhada por igual por todos os grupos políticos.
Saber quem a realizaria, tornou-se, então, debate inferior de conveniências entre tais grupos, sem a franqueza de Theophilo Ottoni a proclamar, em sua célebre Circular, que nem lei, nem Constituição tinham de ser consultadas, senão o interesse fundamental do Brasil em perigo.
1839 presenciou o progredir desse sentimento, sem que chegasse a amadurecer. Também, as circunstâncias não davam oportunidade a mais do que ao preparo das medidas preliminares. A própria lei de interpretação, protelada no Senado, viu adiar-se sua elaboração final para a sessão seguinte.
A agitação pública, do mesmo modo, se apresentava tendências menos sombrias, ainda inspirava sérios receios nas duas extremidades do país.