A política exterior do Império v. III - Da Regência à queda de Rosas

O novo presidente e comandante das armas no Maranhão, o coronel Luiz Alves de Lima e Silva, iniciava o método, que seguiu sempre nas quatro províncias que pacificou: conciliar, mas dispondo e agindo com a força e a energia precisas para obrigar aos rebeldes a ceder ao predomínio da lei e da ordem.

Perseguiu sem descanso aos revoltosos, desbaratando-os onde quer que se ajuntassem. Dos quatro ou cinco milhares que ainda encontrou em armas, as derrotas de Detrás da Serra, de Miritiba, de Calabouço, deixaram subsistir grupinhos sem importância. Os mais tinham-se entregue, ou haviam sido mortos em combate.

Raymundo Gomes, o negro Cosme, Matrôa, Ferreira Balaio, e mais alguns, presos e entregues à Justiça os criminosos vulgares, anistiados e desterrados outros, deixavam sem chefes os bandos que assolavam as duas províncias de Piauí e de Maranhão.

Ao hábil vencedor, enérgico e pacífico, severo e brando, como pediam as circunstâncias, e sempre lembrado de que combatia compatriotas, errados, sim, mas ainda assim brasileiros, deu o governo a primeira grande prova pública de gratidão, conferindo-lhe o título de Barão de Caxias. Primeiro passo de uma série que o levaria ao ducado do mesmo nome, único no Império, após feitos que enobrecem uma das vidas mais puras e cheias de serviços de que possa gloriar-se o Brasil na pessoa de seus filhos. Em 19 de janeiro de 1841, podia o presidente anunciar o restabelecimento da paz no norte do Império.

Restava em contínua turbulência, a província de São Pedro do sul.

Em torno de Porto Alegre, sempre nominalmente sitiado, tinha passado o período de julho de 1839 a março de 1840 na mais completa inação. A expedição de Santa Catarina destacara forças rebeldes, de um lado, e o marechal Manoel Jorge, no acampamento legal, vivia contemporizando,