A política exterior do Império v. III - Da Regência à queda de Rosas

Andréa não era bastante poderoso para atravessar incólume região tão hostil.

Mudou-se, então, a diretriz. De Santa Catarina, iriam por mar dous batalhões reforçar o exército de Manoel Jorge. A ideia era viável, se mantida secreta. Divulgou-se, porém. Para evitar o cerco, moveu-se toda a força de Bento Gonçalves, em meados de abril, partindo das imediações de Porto Alegre, em busca do Cahy, que foi atravessado, e do Taquari, em cuja margem esquerda, a 3 de maio, se deu o encontro com o exército legal.

A esquadrilha de Grenfell cooperou com os soldados de Manoel Jorge, cujos comandados montavam a 4.626 homens, contra 6.000 adversários. Sem consequências a peleja, ambos os lados afirmavam ter vencido. As perdas, pequenas, equilibravam-se: 53 mortos, 125 feridos e 4 prisioneiros do lado legal; 35 mortos, 114 feridos e 8 prisioneiros do campo oposto. Mas Bento Gonçalves foi forçado a retroceder a seu ponto de partida.

Ainda houve pequenas escaramuças. O coronel Manoel Loureiro, a 11 de junho de 1840, destroça no Passo do Salso uma partida rebelde, e no dia seguinte entra em São Gabriel, evacuada pelos insurrectos. Dias depois, a 18, Francisco Pedro de Abreu, nome que se tornaria célebre no correr da guerra, quase apresou o general Antonio Neto, que só se salvou graças ao excelente cavalo que montava. Mesmo assim, perdeu alguns homens no entrevero.

Sentiam-se ameaçados os republicanos, e procuraram levantar o moral de suas tropas. Daí, nos últimos dias da presidência do Dr. Saturnino, o ataque a São José do norte, na noite de 15 a 16 de julho de 1840. Noite de inverno e tempestuosa, da cidade do Rio Grande, que lhe fica fronteira, não pôde vir auxílio apreciável, através do canal, muito agitado. Durou nove horas o combate da guarnição comandada pelo coronel Antonio Soares de Paiva, com cerca de seiscentas praças, contra os