Um ano depois, dia por dia, a 18 de julho de 1840, escrevia de Alegrete ao Dr. Saturnino de Sousa Oliveira, oferecendo-se a abandonar completamente o partido revolucionário "sob a condição de mandar V. Exª. em boa e devida forma anistia, que garanta minha pessoa e bens da maneira a mais completa", e bem assim igual concessão ao coronel José Ribeiro de Almeida, o alferes Rodrigo Felix Martins e sua família, e Sabino da Costa Pacheco. Tudo, entretanto, devia ser feito debaixo de absoluto sigilo.
Atendido por Soares de Andréa, que havia sucedido ao Dr. Saturnino, deferiu o pedido o novo presidente, que tinha poderes para tanto, nos próprios termos pedidos por Bento Gonçalves. Este logo começou a prestar serviços, a princípio de mera pacificação, até que viesse a combater mais uma vez ao lado dos imperiais.
Era este um fato capital na história da guerra civil, e suas consequências veremos no decorrer dos acontecimentos que se desenrolaram após o advento ao trono de D. Pedro II.
O porvir em marcha lança para a frente sua sombra, diz o prolóquio inglês. Assim era, quanto aos distúrbios da balaiada e da guerra dos farrapos. As notícias de melhoria chegavam ao Rio, e exaltavam os desejos de tranquilidade, de ordem, de um poder central respeitado e prestigioso, capaz de garantir e manter, em plena paz, a integridade nacional.
A primeira necessidade a satisfazer era pôr termo à situação anormal errada pela agitação política de 1839, em virtude da qual nem as leis de meios, nem a interpretativa do Ato Adicional haviam sido votadas. Para viver constitucionalmente, do ponto de vista financeiro, foi mister a convocação extraordinária da Assembleia, em 9 de abril de 1840, a fim de ultimar os orçamentos.
Manifestou-se nessa época uma funda mudança nas posições dos partidos políticos, mais exatamente na dos que se opunham à lei interpretativa, e que representavam