e um observatório para nele se aprender a prática da astronomia. É esta a ferramenta própria de uma grande oficina. E talvez se deva adotar que sejam estes fundos próprios das mesmas universidades como tem todas da Alemanha, Inglaterra e a de Coimbra, de quem disse um célebre viajante moderno que fora mui boa ideia dos nossos maiores o ter feito por esta maneira estes estabelecimentos de educação livres e independentes.

O Sr. A. Ferreira França (Bahia) diz que sem a decretação de estatutos o assunto da dotação não pode ser estudado; quando vier o projeto regulando o caso dirá então sobre a qualidade dos fundos que cumpre aplicar a tais disposições. "De nenhuma maneira devemos consentir que estes fundos derivem do Tesouro pelos muitos inconvenientes que apontará. Já temos o exemplo de que por essa repartição se tem obrado com a consignação do "subsídio literário" que os povos pagam para a sustentação das cadeiras menores; em breve perdeu essa renda a natureza de consignação; e os professores sentindo a falta e o atraso dos mesquinhos ordenados que percebiam desampararam muitos as cadeiras que regiam... Aproveitados os elementos de certas rendas da administração pública que mais ou menos há em todas as nossas maiores cidades, como são as dos seminários, colégios e conventos, sem desfalque ou ofensa das suas primeiras instituições, talvez com menos custo que se pensa, se possam manter as universidades com vantagens para os membros das corporações a que pertençam".

O Sr. A. Gonçalves Gomide (Minas): "Que das ordens religiosas se podiam tirar fundos para as universidades, é manifesta, atenta à riqueza de algumas delas. Seria, porém, justo? Seria necessário esse ataque