A instrução e o Império - 1º vol.

era para os meninos e os padres sustentavam-se de esmolas): o que não impedia de ir em aumento, de forma que se El-Rei a favorecesse em breve se poderiam sustentar "cem meninos e mais".

Em 1554, com a chegada de Nobrega o Colégio de São Vicente é transferido para Piratininga, "melhor clima e por amor dos índios". Nesta casa para sempre afamada, entra em cena Anchieta que acabava de chegar de Portugal. Nobrega o nomeia mestre de gramática dos seus colegas que não tinham estado em Coimbra, como ele.

Em 1564, funda-se na Bahia o primeiro colégio oficial que ia prestar ao Brasil durante dois séculos os mais relevantes serviços, não só dentro de sua finalidade específica de instrução e educação, mas até como defesa e ponto de resistência contra o estrangeiro invasor. O do Rio de Janeiro é de 1567 e "nele houve sempre escolas de ler, escrever e algarismos, e uma classe de latim e lição de casos de consciência para toda sorte de gente e para aqui se mudou o primeiro colégio que houve em São Paulo, e em São Vicente. O seu primeiro reitor foi o Nobrega (falecido em 1570). Pernambuco teve o seu colégio em 1576, "a requerimento dos naturais da terra".

Além destes três colégios, da Bahia, Rio de Janeiro e Pernambuco, havia escolas menores em todas as terras onde existisse alguma casa da Companhia. Nelas os filhos dos índios, com aprenderem a ler escrever e português, se faziam "políticos e homens". Os progressos foram constantes, com pequenas intermitências. Uma vez ou outra surgia o problema dos professores, já previsto por Nobrega.

O estado da instrução em 1575, segundo dados oficiais, era o seguinte: em Porto Seguro, uma escola de ensino preliminar; em São Vicente, outra;