mundo, e dos quais estão cheios de páginas da história; e finalmente conspira a promover a prosperidade dos Estados e a torná-los firmes e estáveis pela reunião das forças morais com as físicas.
II — O contrário nasce do sistema que introduziu a desigualdade de instrução em qualquer país ou limitou os conhecimentos exclusivamente a algumas classes pouco numerosas dele; as castas privilegiadas dos egípcios e índios que, depositários privativos dos mistérios da religião, e segredos da natureza, conseguiram governar esses povos infelizes, com um cetro de ferro; e ainda hoje o despotismo militar do sultão de Constantinopla, humilhado perante o crédito sagrado dos intérpretes do Alcorão, são uma prova sem réplica desta verdade.
III — Os felizes resultados que se devem esperar de uma instrução pública disseminada por todos, e os funestos efeitos que resultam do sistema contrário, estabelecem a forçosa necessidade de criar uma base geral de educação que encerre em si os elementos de todas as instruções particulares, e para obter-se um fim são, saudável, é mister que se distinga o limite que deve terminar a educação geral, e a natureza da particular, que lhe sucede; é mister que na primeira o homem seja considerado relativamente ao desenvolvimento de suas faculdades, à humanidade e ao Estado; e na segunda relativamente à sua condição, disposições naturais e talentos pessoais; é finalmente mister que se saiba, o que e como se deve ensinar. À vista disto deverá ainda durar a sua instrução gótica e bárbara do tempo de Carlos Magno que tem desgraçadamente erigido o seu trono sobre a maior parte dos Estados da Europa e suas colônias?
Deverá continuar uma instrução incompatível com o progresso gradual da nova razão, e fundada