mais útil que o menino retenha ideias, do que repita palavras. Esta doutrina é aplicável a todo gênero de estudos.
Estudos do segundo ano — I. O livro de leitura do segundo ano principiará por histórias morais, nas quais os sentimentos naturais que se pretendem despertar já sejam mais refletidos; por exemplo, aos primeiros movimentos de piedade substituir-se-ão os da beneficência, e as doçuras que se derivam do exercício da humanidade, ao sentimento do reconhecimento, e desejo de recompensar os benefícios recebidos, e o zelo atento de amizade a estes deveres, sem o exercício dos quais se não pôde ser fiel amigo. As histórias, pois, nesta época, devem ter por fim despertar as ideias morais, e excitar o menino que as forme; dar-lhes maior extensão e exatidão e finalmente conduzir o menino a compreender os preceitos do moral ou melhor a inventá-los. Para tal ensino basta que o mestre desembrulhe o fio, que encaminhou os inventos, mostre a vereda que eles trilharam; e estou certo que o discípulo chegará finalmente a iguais resultados. Um semelhante método é de toda necessidade, mormente no estudo das ciências morais porque as leis imperativas e nossa vontade não nascem da vista dos objetos sensíveis, mas da reflexão de cada indivíduo sobre seu sentimento íntimo, sobre o seu eu interno.
II — A estas histórias seguir-se-ão as descrições dos vegetais e animais, algum tanto mais ampliadas, e já com a explicação de suas utilidades mais palpáveis na agricultura e nas artes; juntar-se-ão descrições de novos animais e vegetais, e os primeiros rudimentos práticos da cultura dos vegetais, tanto indígenas como naturalizados, por exemplo, o tempo e o modo de plantar, as terras que lhes