são propícias, e as máquinas que dando-lhes uma nova forma, os dispõem para os diferentes usos da vida.
III — Terminará o compêndio do segundo ano pelo estudo das quatro regras simples da aritmética, base de todas as questões que se podem propor sobre os números, e pelas primeiras noções de geometria, particularmente as que forem mais necessárias à medição dos terrenos. Neste ensino o mestre não se limitará a ensinar puramente as regras e noções determinadas; deverá além disto insistir sobre as razões em que elas se fundam; multiplicar as operações, a fim de habituar a elas; fazer aplicar as regras a diversos exemplos, propondo pequenas questões de fácil resolução; e finalmente exercitar o menino em traços, figuras já a mão, já com compasso e régua.
Estudos do terceiro ano — I. O terceiro ano deve consagrar-se à explicação dos princípios morais, que diretamente se lhe devem apresentar e de um código moral suficiente para a conduta da vida; à exposição da organização constitucional portuguesa e da natureza dos poderes que a mantém (este plano de instrução foi escrito em 1816, na época do Brasil-reino); a um resumo da história natural do país e sua aplicação à agricultura e artes mais comuns; ao aperfeiçoamento dos métodos de agrimensura, o que os fortifica no hábito da aritmética e geometria; finalmente à exposição elementar de alguns princípios de física e à explicação dos efeitos das máquinas mais simples e de mais uso na Capitania (São Paulo).
II — Não incluo no pequeno código de moral as opiniões religiosas do nosso culto, por competirem privativamente aos pais e curas d'almas; e com toda justiça semelhantes opiniões devem ficar a cargo