A instrução e o Império - 1º vol.

do país: no tempo em que existiam os extintos jesuítas incumbidos então de todas as escolas menores, tanto em Portugal como por todos os Domínios, havia nos gerais do colégio desta cidade sete classes em que se instruía a mocidade, não só na capital, mas em todas as vilas da Capitania e seus distritos, e dela tiravam aqueles religiosos a escolha para a sua religião, meio de que se serviam para introduzir-se na direção das famílias e governo das casas, fossem as suas vistas quais fossem... Na primeira das sete mencionadas classes se ensinava a gramática portuguesa, desta passavam os meninos a aprender na segunda os primeiros rudimentos da língua latina, estudavam sintaxe e sílaba na terceira classe, da qual passavam para a quarta, onde aprendiam construção da mesma língua e retórica, tal qual então se ensinava. Na quinta matemática; na sexta filosofia; e na sétima se ensinava teologia moral. Além das aulas do Colégio se ensinava também filosofia em alguns conventos, como fossem o do Carmo e São Francisco onde tão bem frequentavam estudantes seculares e além destas havia algumas outras de cléricos seculares, tanto de gramática latina, como de filosofia e de crer é que elas não haveriam se não tivessem frequência de ouvintes. Depois da extinção daquela religião ficaram as outras aulas com muito maior frequência, de forma que havia aula de filosofia em que andavam mais de oitenta estudantes, não sendo a única, e por aqui pode-se coligir a frequência que teriam as de gramática". (Afranio Peixoto: Cem anos de ensino primário (1826-1926), capítulo do livro "Centenário do Poder Legislativo").

ESCOLAS RÉGIAS — Reforma do ensino de humanidades — "Eu El-Rei faço saber que este Alvará virem que tendo em consideração a que a cultura