esta curiosidade natural da infância, estímulo mais que suficiente para determiná-lo à aplicação, estímulo então talvez maior que o da glória, e que jamais deve extinguir-se apesar do que disseram contra ela essa moral supersticiosa, ferrenha em eternizar a estupidez humana ou essa falsa filosofia, que colocava a felicidade humana numa insensibilidade apática; demais a natureza semeou de prazeres o caminho da instrução, e para um menino já é um grande deleite o poder livrar-se desta inquietação penosa que acompanha a consciência de sua ignorância.
III — Banindo deste plano os castigos, baniu-se o antigo sistema fradesco e absurdo, que engalhava a atividade natural dos moços, que ebetava seus sentimentos morais, e acabava por plantar na alma de um homem livre as sementes da espécie e da baixeza; banindo-se deste plano toda a espécie de distinções, baniu-se a ambição, este amor das dignidades e prerrogativas pessoais exclusive; baniu-se a ambição extremada, este Deus cruel, que ainda não contente com um templo e excessos aspira a ter vítimas; baniu-se finalmente a avareza, esta ambição tranquila do ouro, que acaba produzindo todos os males, que atualmente contaminam e gangrenam o coração do corpo político.
IV — Por último o menino, além do amor e consideração de seus mestres, tem na casa paterna outros encorajamentos ao estudo; o desejo de ser aplicado e amado de seus progenitores é a primeira de suas paixões; por conseguinte ele será sempre, o que os seus pais quiserem, sem haver precisão de outros estímulos ao trabalho, que manifestamente ultrajam a natureza.
O segundo grau de instrução, duração do curso, divisão das escolas, mestres, etc. — I - O segundo grau