A instrução e o Império - 1º vol.

de instrução tem por fim o estudo elementar de todas as matérias relativas às diversas profissões da sociedade, estudo que deve sempre proporcionar-se ao gradual desenvolvimento das faculdades naturais dos discípulos, e aos serviços de segunda ordem, necessários ao bem do Estado; além disto devendo este regular-se pela população, indústria e riqueza do país, bastaria que os estabelecimentos para este grau se formariam na cidade de São Pauto, capital da Capitania.

II — No primeiro grau de instrução deram-se os elementos de todos os conhecimentos necessários ao uso da vida; no segundo grau que já acha as faculdades de discípulo, mais desenvolvidas e roboradas, exige-se que tirem linhas de demarcação entre estes elementos, que se separem as matérias, se acentuem outras, se dê maior extensão ao estudo delas. Por este modo os moços de inteligência mais ordinária recebem instrução que lhes é suficiente; aqueles cuja compreensão parecia tardia, e até bordava à estupidez, despertam-se à vista de objetos com que sem isto teriam permanecido num letargo absoluto; e os de disposições mais felizes apaixonando-se, e sentindo uma inclinação ou gosto decidido por esta ou aquela ciência em particular, habilitam-se desde então para fazer progressos nela, quando passarem ao estudo de qualquer das ciências do terceiro grau de instrução.

III — Seis anos são suficientes para complemento do estudo de todas as matérias que devem ensinar-se neste segundo curso de instrução; com eles o moço se torna capaz do exercício da maior parte dos mistérios da sociedade; com eles chega a idade de 18 anos, tempo em que as suas faculdades estão quase em pleno vigor e força; tempo em que suas inclinações