A instrução e o Império - 1º vol.

Considerações sobre cada uma destas matérias e sobre o que delas deve-se ensinar — I. Se a morte de um povo trazendo consigo a morte de suas descobertas e trabalhos, torna o estudo de sua língua ainda muito mais inútil; e o soberano, na instrução de seus vassalos, só deve fazer crer o que é provado e nunca as opiniões de sábios de outros países; se em toda conduta da vida, a razão e observação deve ser o único fanal das ações humanas, e nunca o exemplo de outros povos; se finalmente o conhecimento da língua latina só contribui fazer-vos admirar alguns homens de gênio da antiguidade, como Cícero, Virgílio, Tacito, Salustio e Plinio; então o ensino desta língua, estudo verdadeiramente de luxo, não pode ter lugar em um plano de instrução geral. Mas atendendo à necessidade de melhor desenvolver e carreirar os primeiros rudimentos da gramática, dados no primeiro grau de educação; refletindo na precisão habitual, que dela tem, e outras profissões, pelo sistema dominante de nossas instruções particulares; cedendo mesmo ao imperioso prejuízo da Nação, nesta parte, admito uma aula de língua latina contanto que nela se junte o estudo da língua francesa, língua geral e mais útil pelas muitas verdades necessárias, ao bem do país que podemos escolher dos escritos de seus sábios.

II — No ensino das ciências físicas devem preferir em primeiro lugar, as partes mais úteis na economia doméstica e pública; depois aquelas que engrandecem e elevam o espírito dissipando prejuízos e terrores; por último o majestoso edifício do sistema das leis da natureza, que alargando a esfera de nossos pensamentos estreitos e circunscritos, eleva nossa alma para ideias imortais, e é mais uma escola de sabedoria, que uma lição de ciência. Pela mesma