A instrução e o Império - 1º vol.

razão, no ânimo das matemáticas, devem escolher com preferência os cálculos de aritmética política (estatística) e comercial, e os elementos das teorias precisas no conhecimento do uso, e utilidade das máquinas, dos projetos de manufaturas, dos planos de canais segundo a feição que sendo mister possamos administrar os trabalhos públicos, sem nos abandonarmos a uma confiança cega nos homens de arte.

III — O estudo da lógica deve ser mais simples, e limitar suas observações ao exame das leis do entendimento na função do raciocínio; a forma destes raciocínios; a natureza destas proposições e aos diversos graus desta certeza, que é dada ao homem no emprego de suas leis intelectuais. Quanto à metafísica e a moral, direi, como dizia Condorcet nos últimos momentos de sua vida, que sendo manifesta a imperfeição da análise das faculdades intelectuais e morais do homem, cumpre dar uma nova análise crítica destas mesmas faculdades, refazer a ciência do entendimento humano, desfigurada pelos sensualistas, banir essa metafísica dos sentidos, que colora o interesse e todas as paixões no trono da moral; direi finalmente, que é muito necessário o estudo de uma moral, que considera o ser racional relativamente a si, aos outros e ao destino geral da humanidade, de onde nascem os primeiros elementos da moral particular, universal e de direito natural. Fora mesmo bom que se juntasse a este estudo os rudimentos da antropologia, pedagogia e jurisprudência as teorias da virtude prudência e sabedoria usual da vida que resultam do tipo abstrato do dever segundo as relações acidentais dos indivíduos e das sociedades.

IV — No estudo da geografia e história não se pretende que o professor se encarregue de dar a descrição de um país, ou o resumo mais ou menos circunstanciado