A instrução e o Império - 1º vol.

ser ela decisiva, e não apresentar preferência alguma pessoal, além do que não pode facilmente insinuar-se a intriga em dois juízes separados e independentes. Depois de instituídas as sociedades literárias, julgo desnecessária a adoção dos exames públicos: 1º- porque estes concorrem insensivelmente

corromper os estudos, a substituir palavras a razões, conhecimentos superfinos a necessários e instrutivos, cousas de pequeno momento a cousas grandes, que aperfeiçoam a razão; 2º - porque então generalizadas as luzes, os homens de mérito são conceituados em seu justo valor pela opinião pública, e logo o juízo de homens sábios, e imparciais deve ser anteposto é regra inserta de um exame público, que apenas pode decidir ele uma qualidade, mas nunca de todo das qualidades diversas que se requerem a um mestre.

IV — Como a função de mestre pressupõe o hábito e o gosto de uma vida sedentária e regular; e por isso as condições que devem encaminhar na boa nomeação e escolha para iguais empregos são as seguintes: que o nomeado, além das luzes precisas, tenha um caráter doce, firme, paciente e zeloso, bom e dotado de dignidade; um espírito exato e vivo, flexível e metódico; e como por sua natureza é contínuo e permanente, por isso ela deve ser incompatível com todos os empregos, que exigem assíduo exercício, e por conseguinte o mestre fica deles inibido. Demais os mestres exercitando funções isoladas, por isso mesmo não devem formar associações de espécie alguma, nem governar ou influir sobre a nomeação de cadeiras vagas. Cada um deve viver separado porque, este é só o meio de entreter uma emulação, que não degenera em intriga ou ambição de obviar toda espécie de rotina e fazer com que a instrução