honestidade, prudência e conhecimentos se mostrarem dignas de um tal ensino, compreendendo também o de coser e bordar. Pertencem aos presidentes de provinda, em conselho, a fiscalização destas escolas, enquanto outra coisa se não decretar. Elas serão regidas pelos estatutos atuais na parte em que diz respeito às horas de ensino e economia das aulas. Assinaram este projeto José Cardoso Pereira de Mello, José Ribeiro Soares da Rocha, Januario da Cunha Barbosa, Diogo Antonio Feijó, Antonio Ferreira França (vencido).
O debate foi dos mais vivos da Câmara. Lembra o Sr. Ferreira de Mello que a Constituição promete instrução para todos os cidadãos do Império e o projeto esquece as freguesias que tem "gente suficiente para ter direito à criação de uma escola". Emendou-o o Sr. Ferreira França, que na comissão fora vencido; na tribuna crítica a bárbara expressão, pedagogias quando há esta outra antiga, escolas de primeiras letras. O Sr. Cunha Barbosa réplica: nada tem de bárbara a expressão: Frei Amador Arraes usa desta palavra, por consequência é nossa. Ao Sr. Ferreira de Mello responde: uma das dificuldades que teve a comissão para organizar o projeto foi fixar uma base que servisse para as escolas. Sem estatística do Império, com uma população derramada pela sua superfície, como fixar uma base por freguesia? O Sr. Romualdo de Seixas (os Anais designam simplesmente Arcebispo da Bahia) pensa que deve ser aprovado o projeto sem emendas; é o meio de darmos mais prontas providências a respeito da instrução primária tão imperiosamente reclamada pela mocidade brasileira. A expressão pedagogias embora imprópria, segundo os dicionários, nada tem de bárbara. No seu discurso faz o orador a seguinte