anotação: "Ouvi dizer no recinto que algumas nações da Europa sabem menos ler e escrever do que o povo do Brasil; mas talvez se dissesse isto se entendendo por Brasil, como em outros tempos, somente as províncias do sul, pois quanto ao norte é constante, e o podem dizer os meus colegas deputados daquelas províncias, que não é suficiente o número de escolas, há uma profunda ignorância. No Pará há algumas escolas, mas do que serve isto, se os ordenados dos mestres são tão pequenos que a maior parte das escolas se acham fechadas? Dá-se 120$000 por ano a um homem que com menor trabalho pode fazer o duplo em qualquer ramo de comércio, em pescaria etc. É pois, necessário que passe este projeto para assegurar aos brasileiros o que lhes garante a Constituição". O Sr. Ferreira França discute o método: "em vez de contar, como diz o projeto, prática das principais operações de aritmética e resolução prática dos problemas de geometria elementar; em vez de "gramática da língua nacional" — declinações e concordância dos nomes da língua portuguesa e mais nada. Em matéria de religião, mais clareza e bastaria quase que lhes explicassem os mandamentos da lei de Deus e o Padre Nosso, porque aqui se contém todos os preceitos, toda boa moral, todas as regras para bem obrar e bem crer todas as coisas, que se devem crer". A uma objeção, esclarece o seu pensamento: "Não quero que o mestre ensine ou aponte o que é linha reta, quero que tome o compasso, descreva um triângulo sobre uma linha; isto não custa nada e é coisa mais fácil possível. Quero que o mestre prove o que ensina que os meninos aprendam como um carpinteiro ou pedreiro. Quero que o mestre ensine como há de dividir um triângulo retilíneo em duas partes iguais; quero que forme a sua