como esta primeira instrução pôde ser adquirida; devendo-se dar mais atenção ao ensino das primeiras letras e das artes grosseiras e comuns, necessárias e indispensáveis a todos do que ao estudo das ciências mais elevadas e sublimes que deve ter o último lugar. A comissão se ocupará primeiro dos objetos que a Câmara designar; mas o meu parecer é este: deve-se dar preferência à primeira instrução". O Sr. Gouvêa responde: "quando propus que, com preferência, se tratasse do estabelecimento de uma universidade, entendi que não estávamos já tão desprovidos destas aulas elementares. Temos escolas de primeiras letras, gramática, filosofia, etc., por consequência não insta tanto a necessidade de estabelecimentos deste gênero, do que do de uma universidade, e sobre tudo do de um curso jurídico". O Sr. Souza França: "Temos ou não temos escolas de primeiras letras? Eu creio que em qualquer parte do Brasil, ou bem ou mal sabe-se ler e escrever. Temos alguns estudos de latim, lógica, retórica, etc., e podemos dizer que nestes ramos não estamos de todo desprovidos. Mas não acontece o mesmo a respeito dos estudos de direito..." O Sr. Lino Coutinho: "Não se pode duvidar da precisão, que temos no Império de aulas maiores: de fato, nós nos vemos obrigados a mendigar estas ciências a países estrangeiros. Como tudo é uma verdade, de que se não pode duvidar, que a instrução da classe, chamada povo, é um elemento de que depende a felicidade do Estado; e talvez se possa avançar esta proposição — que o saber ler e escrever depende a prosperidade da Nação, porque este é o princípio de toda a educação moral e política, que se pode dar. Demais esta primeira instrução, de que tanto precisamos, está muito atrasada; há muita gente que não sabe ler,