A instrução e o Império - 1º vol.

só para o Colégio Pedro II ter mais 50 alunos? Existem na Corte três aulas de latim, uma de grego, uma de francês, uma de filosofia, uma de retórica: no todo oito aulas. O projeto estabelece treze. Para acudir a este acréscimo lembra que há, na Corte, aulas de comércio com dois professores (um de matérias elementares e outro de escrituração mercantil e contabilidade comercial); estes professores podem ser chamados para o colégio dos externos. O Sr. Gomes dos Santos critica o acumulo de disciplinas em seis anos. Em França, os estudos de humanidades nos colégios reais levam dez anos. Como pode um aluno de 12 anos estudar álgebra em um só ano? Como pode ele dividir a sua atenção entre o estudo de latim e geografia, da aritmética completa e o desenho? Requer que o projeto volte à comissão, para organizar novas tabelas de estudos. O Sr. Sousa Franco apoia o requerimento e pede também um novo plano de estudos. ".A nossa educação literária, toda dirigida a formar somente doutores, médicos e eclesiásticos e empregados públicos, merece ser melhor dirigida: o país precisa também de negociantes, manufatureiros e artistas hábeis. É preciso dirigir a educação neste rumo, ensinando também ciêncicias físicas e os métodos pelos quais se aplicam à agricultura e indústria. E a Corte deve ser a primeira a dar o exemplo de uma reforma da instrução neste sentido, porque tem mais meios e está mais ilustrada que as províncias. Neste sentido votará. Não pode aprovar que precisando o Império de que a população se entregue, mais habilitada à agricultura, ao comércio, às artes e manufaturas, se continue a criar estabelecimentos que somente habilitem os jovens para doutores em leis ou medicina, para padres e para empregados públicos". O Sr. Sousa