o não conseguiu o Colégio Pedro II, fundado essencialmente com esse fim.
O que como lente da Escola Militar, encarregado às vezes dos seus exames preparatórios, tinha presenciado o que tinha visto ou por fidedignas informações sabia de alguns colégios, tinham-me levado a condenar o geral desses estabelecimentos de especulação: tanto quanto pelo meu exame pude ver, reconheci que não mereciam essa severa condenação; pois alguns estavam bem organizados e dedicadamente procuravam dar boa conta da educação e da instrução da mocidade. Se pois esta nem sempre aproveitava, cumpria atribuí-lo a obstáculos e inconvenientes que lhes frustavam todos os esforços.
Um estabelecimento dessa ordem exige consideráveis despesas, e se alguns que consegue grande nomeada, chega com poderosas proteções a reunir número de alunos suficiente para dar avultadíssimo lucro ao seu diretor, a maior parte, estorvando-se uns aos outros, repartindo entre si poucos alunos, nem tem meios de pagar a bons professores que lhe consagrem todo o seu tempo.
Esse inconveniente de tão tristes consequências ainda mais se agrava quando se reconhece que os pais dos alunos, iludidos por deplorável erro, não pedem aos diretores de colégio que ensinem a seus filhos, mas simplesmente que os habilitem no menor prazo possível, e com o menor incômodo deles pais e de seus filhos, para os exames de preparatórios das nossas aulas superiores. Sob essa condição os estudos acanham-se e perdem-se. Os alunos, mal começam a habilitar-se, afluem para o Colégio Pedro II, onde ganhem ao cabo de um ou dois anos, o diploma de bacharel, que os dispensa do receado exame de preparatórios ou aproveitando a benignidade