A instrução e o Império - 1º vol.

Não há internato regular, se o contato com os externos facilita aos internos meios de infringir a disciplina colegial. Por outro lado devem as lições regular-se pela distribuição das horas de estudo dos internos, e o externo que perde um tempo considerável, as não poderá acompanhar, ou, para as que acompanhe, serão elas mais pequenas, e o interno perderá um tempo que cumpre aproveitar.

Não vi diretor algum de colégio que não fosse ao mesmo tempo professor de uma ou mais aulas Superiores do seu estabelecimento. É mais um triste resultado da multiplicidade de colégios e dos seus diminutos lucros; pois de certo, se pudessem ter maior número de professores. compreenderiam os diretores que, ainda postos de lado os cuidados exigidos pela economia e administração da casa, de sobejo têm eles que fazer em assistir e inspecionar as aulas, em substituir os seus professores, quando queiram melhor verificar o progresso dos alunos, etc. Esse inconveniente não é todavia tão grave que deva forçosamente ser evitado, e recaindo somente sobre o diretor, veja este como conseguirá evitá-lo, ou como se lhe há de sujeitar. A vigilância sobre os alunos, quer nas horas de silêncio e de estudo, quer nas de recreio, essa permanente inspeção a que devem estar sujeitos, pesa em todos os nossos colégios sobre o diretor, ajudado em alguns deles por professores com toda a boa vontade, e todo zelo da parte deles, pessoas residentes no estabelecimento. Já se vê que não pode ela ser tão efetiva e tão constante como cumpriria. Entretanto, a dificuldade de achar pessoas aptas para o encargo de inspetores internos ou de mestres de estudo, faz com que não lastime muito ver-lhes substituídos os professores e o diretor, se a