A instrução e o Império - 1º vol.

poder de devoção à mocidade conseguirem vencer mais esse pesadíssimo encargo.

Em alguns colégios há alunos a quem entrega o diretor parte dessa vigilância. Nos hábitos da vida colegial e no nobre sentimento de igualdade que deve ela inspirar não acho louvável essa lembrança. Além de que, se perde o sentimento de fraternidade e de afeição que o deve ligar aos seus condiscípulos, o aluno-vigia perde também para seu estudo o tempo que dá à vigilância.

Na maior parte, dos colégios, dormem os alunos em salas grandes, arejadas, limpas; acham-se repartidos por essas salas segundo as suas idades, e não me pareceu que houvesse falta de vigilância. Só em um colégio vi, em vez desses dormitórios, quartos especiais para um ou dois alunos. Não me pareceu isso preferível pela maior dificuldade, senão impossibilidade absoluta de vigilância e inspeção.

O que mais custa a organizar em um colégio é o serviço doméstico, deve ele ser feito sem a menor ingerência dos alunos, sem a menor relação entre eles e os serventes. Com os nossos escravos, com a dificuldade de haver bons criados, talvez, seja impossível organizar satisfatoriamente esta parte do regime colegial. Vi porém que os diretores dos bons colégios compreendem a sua importância, e procuram desveladamente evitar ou pelo menos diminuir a intensidade do mal.

... Quanto aos métodos e livros de ensino, se não há perfeita identidade, também não há diferenças capitais entre eles. Na falta de livros elementares aprovados e impostos por quem tenha direito de impor e de aprovar, são geralmente adotados os livros antigos, notando-se em alguns colégios um progresso: a adoção dos livros da Universidade de