A instrução e o Império - 1º vol.

e quais não, e qual o impedimento destes". O seu pedido é tanto mais necessário, quanto o ministro do Império, no seu relatório, assegura ao Corpo Legislativo que no ano passado foram os lentes mais assíduos no cumprimento de seus deveres de residência. Alguns lentes que até então moravam em Olinda, mudaram-se para o Recife; um substituto foi despachado presidente do Piauí onde se acha; um lente que é membro desta Câmara, aceitou o emprego de inspetor da Tesouraria Geral da Bahia, ficando assim dispensado de lecionar...

No mesmo ano a Câmara recebia do Senado uma resolução nestes termos: "Em cada um dos Cursos Jurídicos de São Paulo e Olinda, haverá uma cadeira de direito administratiVo no 5º ano, passando a de economia política para o primeiro ano". O deputado França Leite pede também uma nova cadeira a do direito romano com a denominação de "instituta romana" no primeiro ano do curso. O Sr. Lopes Gama, no debate, alargaria o curso jurídico para seis anos; aumentando as cadeiras deve-se aumentar também o curso. Um dos males da instrução pública é que o Brasil ainda está no século 18. O Ato Adicional, nesta parte, fez grande dano, por haver dado às Províncias o que devia, no seu entender, ser dado à União. Uma Nação dividida em assembleias provinciais, cada uma das quais manda ensinar o que lhe parece, não pode ter identidade de sentimentos. Já houve uma que mandou por lei que, nas escolas primárias, se desse a ler aos meninos as "Palavras de uma crente" de Lamenais... Uma Nação neste estado não sei o que se possa fazer a respeito de instrução pública. Aqui, por exemplo, se ensina a filosofia sensualista, ali a espiritualista, acolá achar-se-ão mestres que ensinem o panteísmo... Não há