entre nós um plano, não há um sistema, não há uma doutrina uniforme. Uma Nação que está debaixo de um regime político deve ser dirigida pelos mesmos princípios gerais. Repete: o Ato Adicional, nesta parte, fez-nos grande dano. Ensinei 23 anos a retórica, segundo me mandaram ensinar, porque havia um programa: ensinei verdadeiramente um carunchoso latim do tempo de Quintiliano; de maneira que a arte oratoria tão importante, principalmente no nosso sistema político, é ensinada ainda hoje, segundo os preceitos oratórios da época de Quintiliano; de maneira que, saindo de tais aulas, poderá o moço dizer como é que, em latim, se diziam as coisas, mas como se deve dizer em português não sabem seguramente. Esta cadeira devia ser substituída por outra retórica ou de eloquência portuguesa. Mas a língua portuguesa é coisa que se aprende nas novelas francesas! Um moço tendo um livrinho francês, doiradinho, sabe perfeitamente o português! Mas, em verdade, como pode falar ou escrever capazmente o português, em uma língua, quem ignora a sua elocução? Quem não lhe conhece a índole, o caráter, os recursos, as graças, as belezas próprias, os idiotismos, tac.? Não compreende como na retórica toda latina de Quintiliano se possa estudar a arte de bem dizer em português. O Sr. Sousa Franco sugere para a boa regularidade do ensino, e sobretudo para a boa administração do país, desde as academias, a separação das profissões, e que se criando as cadeiras lembradas, se distribua melhor o ensino, e se subdividam as formaturas; para os administradores, financeiros, diplomatas, e talvez uma terceira para as matérias eclesiásticas. Assim ter-se-iam especialidades, e alterada a legislação respectiva, se poderia separar a carreira judiciria da administrativa e