obter-se-iam juízes mais inteligentes e presidentes de províncias, diplomatas etc., mais capazes e mais assíduos em seus ramos de profissão. Duvida da necessidade do direito romano´; os seus princípios gerais estão melhor desenvolvidos nos diversos autores que tem escrito sobre a matéria. Em vez de jurisconsultos romanos, nós queremos jurisconsultos brasileiros. O Sr. Sousa Martins pensa que sem uma reforma geral dos estudos do pais, não se poderá fazer uma reforma dos cursos jurídicos. É necessário reformas nos estudos superior, secundário e mesmo primário; tudo que existe a este respeito não satisfaz as ideias do século em que nos achamos. O mal dos estudos de direito está menos na exiguidade do curso, que na deficiência dos estudos preparatórios. Precisamos de colégios, de liceus regularmente estabelecidos como existem na Europa. Nas nossas aulas preparatórias ensinam-se em geral muito mal as matérias apontadas na lei; há outras, porém, de que mesmo não se faz menção. As matemáticas são mal ensinadas: mal se ensina a aritmética e não passam de perfeita ilusão as noções de geometria; de álgebra nada se aprende; o mesmo de cálculo; nada de química, de física, de ciências naturais; nada dos princípios de astronomia. Todas estas disciplinas são estudadas nas aulas preparatórias da Europa. O Sr. Vilela Tavares reclama a criação da cadeira de medicina legal e o Sr. Mendes Cunha insiste na necessidade dos estudos de direito romano.
Em 1847 o ministro do Império denuncia de novo a situação de relaxamento dos lentes dos Cursos Jurídicos. "Nos Cursos de São Paulo e Olinda está longe de ser satisfatório o estado de ensino. A suma indulgência de alguns lentes confere não raras