A instrução e o Império - 1º vol.

e geometria; c) curso farmacêutico (1832): francês, ou inglês, aritmética e geometria; d) curso comercial (1846): gramática nacional, aritmética até proporções, tradução de francês ou inglês; e) curso militar (1823): gramática da língua nacional, as quatro primeiras operações de aritmética, tradução de francês e inglês; (1839): conhecimento da língua nacional, noções de aritmética até as frações ordinárias, álgebra até as equações do 1º grau, geometria elementar compreendendo toda a seção das linhas, versão e composição na língua francesa, princípios de desenho; para o curso de engenheiros mais: gramática latina, noções gerais de história e geografia; (1842): mantidos os mesmos estudos preparatórios; f) curso de marinha: saber ler e escrever ortograficamente, saber as quatro primeiras operações de aritmética, gramática portuguesa, princípios gerais de geografia e ter suficiente inteligência da língua francesa.

Eis o que se lê no relatório de Justiniano José da Rocha (1850) :

"... Também me pareceu que, em dano do estudo principal, base indispensável da educação literária, o latim, são escusadamente desenvolvidos os estudos matemáticos e científicos, que aliás pouco aproveitam aos alunos, os que não compreendem e os repelem vencidos pela sua aridez. Além de que, não estando bem discriminados nos diversos colégios os estudos que melhor devem aproveitar ao futuro de seus alunos, são os pais e não o diretor, que escolhem o que neles devem os alunos estudar. Bom seria que os colégios se dividissem e fossem uns literários, outros comerciais, outros industriais; porém todos regularmente montados e com os estudos apropriados no suficiente grau de desenvolvimento; os pais entre eles escolheriam a profissão a que destinam os seus filhos,