muitos gênios se esforcem por distinções tão honrosas; mas há muitos ainda que possuídos de sentimentos tão briosos necessitam contudo de estímulos de outra natureza pelo estado de sua acanhada fortuna". Neste sentido lembra que seja dispositivo do projeto uma remuneração pecuniária por uma vez somente. O Sr. Antonio Ferreira França pede a supressão da cláusula que marca um prazo, porque dado o estado das nossas tipografias, o tempo que se deve consumir na composição da obra e sua impressão é curto. O Sr. Francisco Gé Acayaba Montesuma (Bahia) propõe que suprimam-se as palavras — condecoradas com a Ordem Imperial do Cruzeiro ou nela adiantado se já tiver — substituindo-lhes — condecorado com uma medalha própria que marque o serviço e relate a obra aprovada". O Sr. José Martiniano de Alencar acha o prêmio um fraco estímulo para uma obra de mui alto valor e não acomodado a esse fim. Prefere, como o deputado baiano que o precedeu, uma medalha. Acresce uma legenda: "a pátria agradecida ao autor do plano de educação física, moral e inteletual para a mocidade brasileira". E ainda uma pensão por espaço de dez anos, que será estipulada pela comissão de fazenda. O deputado Padre Venancio Henriques de Rezende (Pernambuco) pede depois algumas considerações sobre a educação, que "a emenda Carvalho e Mello seja reunida como tensa à emenda Montezuma". O Sr. Antonio Carlos Ribeiro de Andrade Machado também pensa que, além da glória literária deve haver algum estímulo pecuniário até mesmo porque "em geral os literatos são sempre os maiores pobretões". A Ordem Imperial do Cruzeiro é talvez o que temos menos enxovalhada; deve-se, porém, deixar ao autor a escolha, entre o prêmio honorífico e a remuneração