A instrução e o Império - 3º vol.

uma escola modelo em que se exercitem na prática do ensino. Este estabelecimento deve ser organizado segundo o plano das Escolas normais da Bélgica". Assim opinava o ministro do Império.

No ano seguinte, 1867, se lia, ainda em relatório ministerial: "A criação de estabelecimentos pedagógicos para a completa habilitação dos candidatos ao magistério, é certamente a mais importante dessas necessidades. Sem os estudos especializados e práticos a que são destinados tais estabelecimentos, não se pode esperar que se formem verdadeiros professores. Entendo, portanto, que muito convém tratar de realizar-se a ideia apresentada pelo meu ilustre antecessor da fundação no Município da Corte de um estabelecimento próprio para preencher esse fim..."

No relatório 1874, em março, há notícia que por iniciativa do conselheiro Manoel Francisco Corrêa "fundou-se uma Escola Normal gratuita, cujo fim é dar em um curso pedagógico o ensino teórico e prático indispensável às pessoas que se destinam ao magistério da instrução primária. Consta o curso, dividido em três anos, das seguintes matérias: língua nacional, aritmética, álgebra (equações 2º grau), geometria aplicada às artes, história em geral e particularmente do Brasil, história sagrada, geografia em geral e corografia do Brasil, filosofia, noções de física e química, fisiologia, medicina doméstica, direito público constitucional, desenho, música, pedagogia. Estão matriculados 104 alunos de ambos sexos. Além do curso normal, poderá o diretor da Escola, pelas instruções que a regem, fundar cursos de outras matérias. Foi anexado a esta um curso de francês.

1875. O governo tem auxiliado a Escola Normal de iniciativa privada: ensinaram-se ali as matérias