A instrução e o Império - 3º vol.

de pedagogia na universidade de Harvard, na de John Hoptrius, nas de Wiscousin, Iowa, Michigan e Missouri. O que se associa peculiarmente a pedagogia às Escolas normais, é q expressão prática, o curso rigorosamente experimental de suas lições. Tão certo é isto que da França, apesar de suas 80 e tantas escolas normais que o Império lhe deixou, Paulo Bert pode afirmar, nos primeiros anos da república, que no seio de seus compatriotas a pedagogia era coisa pouco mais ou menos desconhecida. Ora, essa fisionomia de aplicação estrita, severa, incessante é precisamente o que de todo o ponto falece à nossa intitulada Escola normal.

Ensinar a ensinar, educar no método de ensinar: eis o que constitui a essência e o fim deste gênero de estabelecimento. Ora, tudo é possível que se aprenda, e a maravilha, na Escola normal da Corte; mas a ensinar, mas a educar, é que não, é que absolutamente não.

Nem podia deixar de ser assim, sob o regime absurdo que se implantou com disposição que manda funcionar à tarde e à noite todas as aulas das escolas normais. (Dec. de 19 de abril, art. 9 § 6). Esta ideia é de uma infelicidade inexcedível. Anula radicalmente a missão própria das escolas normais, seja qual for a excelência do seu programa, a proficiência do seu pessoal, a abundância e adaptação dos seus instrumentos materiais de ensino. Que pensamento inspiraria esta inovação singular? Não podia ser senão o de franquear o acesso à instrução para o magistério àqueles cujo dia lhes não pertence, que o tem completamente votado a ocupações diversas, cuja necessidade imperiosa os domina, e lhes consome o melhor de seu tempo. Esses irão levar aos bancos da